sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O mel do sonho

Cinco dias vivi luas
no rosto de uma mulher,
morena e doce silvestre
como o entardecer ao fim do sol
da sua companhia.
Cinco dias e mais cinco
foram dias sem parar
no entrudo do meu amor cadente
como a brisa dos beijos traquinas
que soprava dos limites do ar
- lá, onde o tempo se demora
perdido dos homens e do chão,
num namoro de horas imortais
que ninguém mais conhece senão eu,
alucinantes eram os voos a pique
sobre o carinho dos seus contornos,
e afundar os sentidos seduzidos
na plena garra dos ardores,
espalhar-me o corpo sobre a vida dela
e vivê-la tudo no mais fundo sentimento...
no mel do sonho!

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