Da boca deixei cair beijos
Serenamente calados,
Tristemente silêncios
Como todos aqueles beijos bons
Que se dão só para nós.
Da alma deixei tombar os olhos
Porque no caminho os perdi,
E na estranheza do sentir
Vegetei ao sangue maduro
O sangue que tanto vivi.
Do corpo deixei trucidado
O espírito, e o senso sem vestes
Deixei o âmago, e a utopia
Versejei a mentira, a cor
E corri atrás de um temporal
Que afinal não tinha fim.
Do resto deixei o gesto
Suspenso nas hipérboles mais loucas
Das loucas simetrias que a vida tem,
Deixei o riso e a palavra, o silêncio
E o que de melhor sonho
Tem o sonho além…
domingo, 4 de abril de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário