quarta-feira, 19 de maio de 2010

Venho da alma

Venho dos refúgios da carne,
imóvel no longínquo dos dias
onde os mares cavam rios,
que se abrem em sulcos
até ao acordar dos céus,
nos ninhos inconfessos
de eximias gaivotas,
em cardumes sem garganta…

Venho da vertente dum poema
escrito por meninos de sede,
na distância do meu corpo!

Corri os mares
E os vastos oceanos,
…corri os eflúvios do corpo,
descem à memória
e se debruçam calados
em sombras que se afogam
…deslizei do olhar
por brumas obliquas
onde os homens choram
os crimes dos homens…

Venho d além longe,
da margem…
um ponto fixo
na distância dos séculos
e perto da alma!

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