Procurei a vida
nas vielas de um tempo manso
e sem sucesso urdi os dias
até ver o céu cair-me aos pés,
nas matizes viúvas da alma
entre vendavais da carne óssea,
no peito do chão.
Fatigado do marasmo
sentei os olhos à soalheira
e resgatei o sonho mais doce
que a lembrança volvia
enquanto o coração ardia gemidos
em romarias de dor oculta
que só gente assim sofre!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
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