sábado, 19 de setembro de 2009

Junto ao mar

Se me vires junto ao mar
sentado num olhar que se adensa e foge
não temas a queda, tragédia
apenas espero aquela alma maruja
que no mar deixei ficar à deriva.
Se me vires chorar no seu fragor
não fervilhes medos, receios
que o mar ouve as dores, lamentos
entende as vidas que sussurram,
miragens e falácias, frios
tempestades ou calmarias…
Se vires o mar estatelar-se no rosto
com silêncios e desejos pilhados no tempo
não estranhes teu semblante
porque o mar é um velho amigo
nas hordas da minha paixão.
Mas se um dia o mar me trair
pelo perpetuar da memória,
vem à praia molhar os lábios
sentirás os meus beijos de sal
no marulhar das ondas aos risos,
e saberás o que o mar à muito sabe
… que te amo muito

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