Fogem das mãos os dedos,
depois o gesto
e o que sobra é silêncio,
o gume da luz sombreado
nas horas com os olhos em bicos de pés,
enquanto nos limites da língua
as aves sem músculos
sangram sonhos e momentos de dor,
adiando ardores, flamegando vícios
no tecto dos dias idos,
com a cor do amanhecer
pesando o lugar morto da luz
em jazigos de demora
que afinal, só eu sei assim…
E dizer que te amo por inteiro
é pouco para quem não sabe amar…
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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