domingo, 6 de junho de 2010

Lugar do meu espaço

Havia gaivotas
onde perto era mar,
corriam nos penhascos
meninos de vento e areia,
de braços no ar abertos
vinham na voz
de quem partiu
ficam em segredo
sorrisos e risos
que mais ninguém viu.

A história das águas
ouvi-a contar
na piela de um velho
que de quando em vez
à praia vem chorar
o que a ausência
vai bebendo do lugar.

Dormi nos galhos da rocha
onde as ondas não me chegavam ao sono,
ouvi os passos das aves
descerem pela praia
até à noite,
pelas manhã me encantei bebê-los
com o olhar,
são meninos de vento
que sinto velejar pelo corpo,
num lugar de espanto
em bocejos de sonho.

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